A minha mãe preta me deu à luz no meu terceiro ano de vida, me trazendo um ninho com arroz e feijão, temperado com amor, e pastel de feira aos domingos.
Ela me deu apelidos e risos que hoje ainda são músicas para os meus ouvidos.
Descobri o que era rotina e estabilidade emocional.
Entendi o que eram limites e broncas bem justificados.
Percebi que a dedicação materna vira profissão e que o zelo mora nos detalhes.
O cheiro da minha mãe preta é perfume da alma que me inspira no meu papel de hoje e que deixa rastros em novas gerações de outras cores.
Ariella Machado
Imagem: Free-Photos de Pixabay – CCO