A mãe cruel,
a mãe de fel
que tem prazer na dor da filha,
e que atiça em vez de lamber as feridas das crias.
É tanta maldade sem cabimento que só pode caber ninho adentro.
A inveja é tanta que até espantalho espanta.
É tanta amargura em males sem cura.
E é nesse veneno que encontro o meu rebento.
A dor grita calada, chora sorrindo e nunca se mostra abalada,
pois à procura de aceitação e reconhecimento criam asas queimadas.
Ariella Machado
Imagem: Jiroe by Unsplash