Veredas

Preciso de espaços para 
chorar águas paradas,
retirar caveiras do baú, 
e mergulhar em lutos congelados. 

Preciso encontrar esse caminho, 
apesar dos espinhos, 
e abrir as portas 
dessa casa mal-assombrada. 

E quem sabe 
dançar com os fantasmas 
e conjurar os antepassados 
para abrir novas vias mais iluminadas. 

Mas, enquanto isso, 
fico na seca e na cegueira, 
à espreita das passagens secretas  
a serem descobertas
que pulsam dentro de mim.

Ariella Machado

Imagem: Enrique Meseguer by Pixabay

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima