Quem és tu, homem genitor?
Quem tu és, sombra secreta?
Que dores ocultas desperta?
Quem és tu desconhecido do norte
ponto de referência,
sem nenhuma eloquência?
Tens tu coragem de reabrir feridas?
Ou te escondes, no leito da covardia?
Quem és tu homem do sotaque diferente?
Qual é a tua linguagem do amor?
Com que afeto você trata as dores do ser
e as dores das crias?
Como você cria a sua realidade
no resguardo dos segredos opulentos
que hoje tem 37 anos ao vento?
Hoje a curiosidade está desperta
e de portas abertas.
O passo foi dado.
A rejeição será repetição?
Com que coração você vai ouvir o meu convite?
O meu pranto entalado,
te despertará algo?
Em qual nascente nos encontraremos?
Em quantos córregos ainda nos perderemos?
Ainda há tempo?
Ariella Machado
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